segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Inovação na Educação


Se a hélice tríplice toma formas mais concretas em determinados ambiente, em alguns lugares ainda está longe do entendimento que a integração estado, universidade e industria é mais que necessária, é urgente para que cada vez mais a profissionalização faça alavancagem de negócios, regulamentar leis a fim de dar maior segurança e equilíbrio na propriedade intelectual e sempre aproximando o mundo público do privado. As pesquisas e estudos nas universidades devem estar mais próxima do mercado, fazendo sempre aperfeiçoamento científico aliado a necessidade de mercado, a economia como um todo.
Junto a isso, precisamos preparar para formamos melhor as pessoas. São pessoas que geram inovação, ideias, conhecimentos que criam ambientes inovadores, situações inovadoras. Por meio disso é fundamental repensar, e sério, o papel da educação nesse processo, propondo reformulações nos currículos escolares, na verdade muito mais que meramente mudança de currículos é mudança de método, de postura, de visão de ensino, para que venham ao encontro da formação de empreendedores sociais, inovadores da nova sociedade, verdadeiros antropólogos e arquitetos da experiência, observadores que vêem no cotidiano forma novas de ver o mundo que o cerca, olhares treinados a sempre ver inovação no seu caminho.
Para tanto, é preciso preparar nossos jovens para a incerteza, sim, se antes a escola preparava para as certezas do mundo que nos cerca, hoje, com o mundo globalizado e com informações cada vez mais rápidas, e muitas vezes incertas, as certezas caíram por terra. Necessário há de qualificar a jornada desses jovens, qualificar o processo de educação, educar para a descoberta, abrir novas portas e estar sempre disposto a novas oportunidades.
Educar, educação voltada para a nova economia onde requer reestruturação da escola, mudar de forma efetivo seu modo de operação. Investir mais no ensino básico. Existe muito desenvolvimento científico na ponta de cima (universidade)com pouquíssimos resultados na base.

Enquanto as universidades ganham uma enxurrada de recursos financeiros, a escola fundamental sofre e pena a beira da morte. Não há investimentos suficientes para recuperá-la, os professores seguem nas condições mais inadequadas de ensino, associadas a falta de formação paralela que acompanhe constantemente o avanço do mundo globalizado. Somado a isso, como inovar em um ambiente tão estático, propício ao acomodamento como são as escolas públicas? Se inovação parte de renovar, de alterar padrões, comportamentos, construção de novos processos, como fazer mudanças quando os que devem fazer a mudança permanecem em zona de conforto? Talvez, eu disse, talvez passe por aí seu "status quo", forçando-o a mudança, se não mudar cai, é substituído pelo processo.

Outro importante valor a ser somado nesse processo é a distribuição tributaria. Não é mais possível grande parte da arrecadação do município ir para a União. Essa relação altera profundamente os investimentos, entre outros, na educação, por exemplo. A alteração do pacto federativo é fundamental para dar maior poder para as cidades. A repartição das receitas tributárias é um problema sério no contexto da nossa federação, a cada dia se nota uma hegemonia cada vez maior da União em detrimento aos municípios. Essa hipertrofia torna o desenvolvimento desassociado da vida do município, desconectado com a realidade da vida cotidiana do bairro , da cidade.

Sim, cidade, pois são nelas que as pessoas moram, estudam, trabalham, pois antes de sermos brasileiros, somos santamarienses, portoalegrenses, pernambucanos,etc. Com o fortalecimento do município, fortalece as relações básicas sociais na nossa cidade tendo mais recursos para a educação real, aquela que convivemos diariamente, no nosso cotidiano e não o que se passa no nordeste, não que isso não seja interessante para o conhecimento geral, mas é do nossa casa, bairro e cidade que primeiro devemos conhecer.

Divagamos sobre isso, se de alguma forma algo nos incomoda significa que há mudança para acontecer, do contrário na acomodação, tornamo-nos apenas meros passivos da onda de inovação que está acontecendo em todo o mundo

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Carta do 3º Congresso Internacional de Inovação 2011- O Rio Grande do Sul Inovador



A Inovação é fundamental para a competitividade do Rio Grande do Sul e para sua prosperidade. Ela se estabelece a partir da presença de condições necessárias no ambiente de negócios do nosso Estado, propiciando a geração de mais riqueza.
Consolidar o papel dos gaúchos na Nova Economia como protagonistas de um ambiente inovador é responsabilidade dos principais atores envolvidos no processo como Hélice Tripla: as Empresas, as Universidades e o Estado.
Num momento de transição democrática, cabe ressaltar o papel da Agenda2020 como ferramenta reconhecida por todos na coligação dos esforços estratégicos da comunidade do Rio Grande do Sul, incluindo a competitividade, via inovação, como um dos grandes eixos de desenvolvimento.
Em 2011, o Sistema FIERGS (SESI, SENAI e IEL) se propõe a cooperar plenamente com os esforços do novo Governo na agenda de desenvolvimento do Estado. As empresas têm um papel central na criação de riquezas e na promoção de um processo permanente de empreendedorismo, mas dependem de boa infraestrutura, centros de pesquisas e universidades, além de um processo aprimorado de educação primado pela qualidade e pela excelência.
Nesse cenário, os requisitos e as linhas de ação imprescindíveis são:
1.Trabalhar de forma intensa na continuidade da regulamentação, da divulgação e nos processos operacionais de Governo para obter os máximos efeitos da Lei de Inovação Estadual, promovendo um ambiente cada vez mais propício para manter, atrair empresas inovadoras ao Rio Grande do Sul e as e fazer crescer;
2.Educar para inovar, promovendo uma profunda mudança nos alicerces da educação fundamental no RS e salientando a sua importância para a Nova Economia. Enfatizar a melhoria do ensino de Ciências Exatas, Língua Inglesa e Informática e estimular a excelência na prática dos educadores;
3.Fomentar a cultura empreendedora e o empreendedorismo;
4.Promover a sustentabilidade como elemento de qualificação e diferenciação da indústria gaúcha na Nova Economia;
5.Fortalecer o Núcleo de Inovação RS no âmbito do MEI − Mobilização Empresarial pela Inovação da CNI, participando de suas atividades;
6.Tratar de forma diferenciada as empresas nascentes com alto potencial de inovação;
7.Estimular o capital de risco no Estado do RS a investir em empresas inovadoras;
8.Estimular os Parques Tecnológicos e intensificar os esforços para aproximar as empresas das Universidades e dos Centros de Pesquisas;
9.Utilizar o poder de compras do Estado através da Lei de Inovação ou do seu aperfeiçoamento como indutor do desenvolvimento das empresas locais;
10.Promover ações de "marca" do produto rio-grandense no Brasil e no exterior, visando ao crescimento das vendas através da participação constante nos principais eventos associados aos mercados de interesse;
11.Criar uma sistemática para difusão dos incentivos governamentais para a inovação (Lei de Inovação, Lei do Bem, Lei do MEC, Editais FINEP, CNPQ) e capacitar empresas no desenvolvimento de projetos de inovação;
12.Fomentar as parcerias de modo inequívoco entre empresas locais e empresas internacionais, visando à transferência de tecnologia ou ao desenvolvimento cooperativo;
13.Estimular boas práticas de gestão em todas as organizações do Estado, particularmente em empresas de pequeno e médio porte, visando a facilitar a absorção da inovação e a capacitação em gestão das organizações via Programa Gaucho da Qualidade e Produtividade (PGQP);
14.Articular com empresas e agentes de pesquisa e desenvolvimento (Universidades e Centros de Pesquisa) a construção de diretrizes estratégicas que lhes permitam realizar grandes projetos tecnológicos de interesse do Rio Grande do Sul, dando-lhes possibilidade de otimizar o uso de recursos disponíveis para tal finalidade nos órgãos de financiamento estaduais (Fapergs, BRDE, Caixa-RS), federais (Finep, Carta BRDE,caixa-RS), federais (Finep, BNDES, CNPq, Fundos Setoriais ,Verde-Amarelo, do Petróleo) e internacionais.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nossa Eleição

Por que nossa? Sim, é nossa. Nossa responsabilidade, de cada eleitor, de cada cidadão pelos nossos representantes. Portanto, NÃO CULPEM OS POLÍTICOS, sim, não culpem os políticos. Nós, somente nós somos responsáveis por eleger pessoas como Tiririca, pelos santinhos sujando nossas ruas, pela inundação de placas nos canteiros, pelos jingles, enfim pelos nossa democracia ser tão insípida.
Quando criticamos nossos políticos, acusamos de corrupção, porém temos que primeiro avaliar quem nós elegemos, qual o histórico político do nosso candidato. Elegemos porque o cara foi campeão da América pelo grêmio, caso Darlei, foi campeão do Tetra pelo Brasil, caso Romário e Bebeto, ou é um palhaço, como o caso do Tiriica, porém isso não é razão suficiente para confiarmos nosso voto. Nada contra essas pessoas citadas, mas quem são? Qual sua conduta política, tem capacidade para exercer uma função política? Nunca pensamos isso, elegemos simplesmente porque ele foi ou é nosso ídolo, e cá entre nós, uma representação muito pouca para o que queremos. Ainda reclamamos, reclamamos, mas reelegemos Renan Calheiros, quase elegemos Fernando Collor de Mello, e tantos outros que se eu for enumerar, seria um texto somente com o nome dessas figuras que deveríamos extirpar do cenário político.
Outro ponto, sobre sujeira nas ruas, placas nos canteiros das avenidas e jingle. Não podemos culpar os políticos sobre isso. é NOSSA CULPA, somente nossa, ter pouca memória, não estudar em quem vamos votar, e não conhecer sequer o número de nosso candidato. Porque, vamos lá, você lembra de todos os números que digitou na urna?? Sinceridade, não. Então por isso, que ao entrar em alguma sessão eleitoral existe uma enxurrada de papéis de candidatos, eles colocam ali para que nós não nos esqueçamos de seu número, ah! E se não tiver ninguém para votar pegar o que está no chão, é mais prático (não é a toa que os santinhos são de uma pompa só e no verso só tem instruções de como votar, história do candidato? Para que?).
E as musiquinhas? Os jingles! Quanta alegria, quanta informação! Saiba, eles servem somente para você gravar o nome ao número do candidato, pois nós não temos capacidade de fazer isso sem uma ajudinha de um som do candidato passando pela nossa casa.
Portanto, não culpem os políticos, é responsabilidade nossa, somente nossa, toda atitude que um político toma, seja ele em campanha política ou nos representando no Congresso, Senado ou Assembleia.
Pensem a respeito

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Posso Perguntar?

Um continho antigo que achei perdido por aí.

Um homem e uma mulher, estranhos um ao outro, estão presos no elevador. Ele, então se dirige para ela:
- Posso perguntar?
- O quê?
- Não sei. Tenho dúvidas. Posso perguntar?
- Mas se você não me disser o que, eu não saberei se vou poder responder.
- Isso importa? Quer dizer... Tenho que obrigatoriamente ter uma pergunta formulada para receber uma resposta pronta?
- É o mínimo. – Responde ela ironicamente.
- Mas eu quero perguntar.
- Sobre o que?
- Quero indagar, ter respostas, enfim, quero perguntar.
Ela ameaça por a mão no rosto como forma de indignação, mas se contém.
- Seja mais claro.
- Se eu tivesse clareza sobre o que eu quero perguntar eu não indagaria. Não acha?
- Ai, ai.
- Quando pergunto quero respostas
- O que você quer saber?
- Você já me perguntou isso. E quem tem dúvidas sou eu.
- Por que só você tem dúvidas? Eu não posso ter?
- Pare de perguntar. Esse é meu papel.
- Agora você está afirmando?
- Mas que coisa! Para de perguntar. Lembra? Alôo! Eu pergunto.
- Está certo. Então, vá lá. O que quer saber?
- ...
- Tudo bem, pergunte.
- Sei lá, quero perguntar. Faz uma hora que estamos presos no elevador e até agora não sei nem seu nome.
- Lúcia.
- Mas eu não perguntei nada!
- Então pergunte o meu nome.
- Não me diga o que tenho que perguntar... Mas é uma boa idéia para uma pergunta...
Qual é o seu nome?
- ... (silêncio) Lúcia. – Responde com uma cara típica de quem está prestes a cometer um assassinato.
- Prazer, o meu é Marcelo.
E passaram mais 40 minutos até que alguém da manutenção concertou o elevador e os dois saíram. Ela soltando “fogo pelas ventas” e ele com um sorriso de satisfação, tinha, finalmente começado uma conversa uma mulher.
E o guardinha da portaria só olhando.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Grato, Saramago


" Acho que na sociedade actual falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer os objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem idéias, não vamos a parte nenhuma."
Saramago.
Hoje morreu uma figura incomum: José Saramago. Está alí nas minhas imagens, a esquerda, entre tantos que já se tornaram imortais, como Descartes, Maquiavel, Machado de Assis, e tantos outros que representam ou marcam uma história, uma vida.

Seu último texto nos é revelador: é necessário refletir, pensar, porque em um mundo sem idéias, vivemos na mecanicidade que tanto condenamos.

Grato senhor, estás para sempre entre os imortais.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Divagações


Em que mundo vivemos? Qual o valor das relações? Quanto vale as relações compartilhadas entre as pessoas? Tem peso? Há muito, perguntas como essas tem circulado em minha cabeça. Vivemos em um mundo onde o desgaste das relações chegaram a uma complexidade tal que viver tornou-se um amargo pesar. Pena, penso que isso tenha ocorrido. Ao invés de vivermos, ficamos pensando no que vai dar errado, sem saber se vai dar ou não.
Fizemos projeções malucas e baseada em suposição, variável (sim, no singular, uma suposição e uma variável). Não entendem que a vida não pode ser levada tão a sério, devemos tê-la em nossas mãos, mas nunca sufocá-la. Deixe acontecer. Sinta a brisa do ar e perceba que a vida é simples, tudo é simples. Tudo, absolutamente tudo está nas pequenas coisas, no convívio, no relacionar-se, no estar com alguém ou não querer estar.
Os milagres não são coisas magnânimas onde grandiosas ações acontecem. O nascimento de uma criança, o fazer sorrir de um velho solitário, o amar uma pessoa, são os exemplos mais claros de milagres que acontecem todos os dias.
Mas nós não percebemos mais isso. O que importa é a não vida, a não relação, a complexidade, a morte do ser de fato humano. Ao nosso redor o mundo se transforma, e nós vamos morrendo em vida a cada dia, a cada instante.

Quando vejo a humanidade, vejo com olhos de pena