terça-feira, 31 de julho de 2007

Thibirciu's Bar - Segunda Parte de Bares, bares, bares...

Thibirciu's Bar. Nome sugestivo, a logo é outra história. "E , thib" cumprimento ele. "O que é para hoje Yeshua?". Ele sempre me chama por esse nome. Estou mais para o nome do irmão do Hôme, mas é assim que ele me chama talvez uma alusão aos meus cabelos longos e barba preta (vai saber?). "Você sabe, o de sempre". Respondo a ele. "Então senta no teu canto de sempre que já sai uma rodada da gelada". "Belê."
Sento e aguardo o primeiro gole. Uma nova euforia toma conta de mim. O primeiro gole de ceva é rejuvenescedor.
Depois da quinta o movimento começa a fluir (geralmente começa pela oitava). Dá para notar que a noite começa a se movimentar em cadências etílicas. As mesas começam a criar formas de gente, as mesas de bilhar logo estão disputadas taco a taco.
Do meu outro lado visualizo Camile, uma sensual e fogosa mulher ( se bem que é pouco adjetivo para muita mulher). Ela se encosta em uma das mesas de bilhar. Reclina-se para tacar, poucos atrevem-se a ver por muito tempo tamanha beleza. Mas eu posso, sou o melhor amigo do namorado dela chamado de Rei, eu o chamo simplesmente de Fonseca. Ele é um cara extremamente corpulento e alto. Simplesmente um gigante. Usa sempre seu cabelo desgrenhado e uma barbicha que circula a sua boca que ele teima em me dizer sempre que é um cavanhaque. Sua camiseta com figuras estilosas, uma calça jeans detonada e um tênis completam o quadro. Ele joga com Camile sem se importar com os outros, os outros que tem que se importar com ele.
Ele sorri para mim. Seu sorriso aberto e franco me chamam para o jogo. Hora do segundo tempo.
Continua...

terça-feira, 24 de julho de 2007

Bares, bares, bares

Estou escrevendo um texto com base no que o Gustavo desenhou. O personagem principal é o "Thiago". Optei por textos curtos pois além da carga de trabalho que estou espero dar tempo para o Gustavo trabalhar nas histórias. Boa leitura.



Espero a grade abrir. Sei que cheguei cedo, mas também saí cedo do trabalho. Alí na calçada uma inquietação me toma conta. Me escoro na parede do bar. Lá dentro ouço o arrastar das mesas, o tilintar dos copos. Em fim, a casa sendo arrumada para a noite.
São 7:00 horas da noite, nestas horas apenas caras como eu se empolgam com uma cerveja. Até porque é terça e a semana começou ontem.
A grade levanta eu absorvo aquele novo momento como se um universo se abrisse diante de mim. Novas pessoas, novas histórias, bares, bares, bares. Um frio corre as pela minha espinha.
Lá estão eles, todos os móveis dispostos de forma que o ambiente torna-se agradável. Logo a minha direita está uma mesa antiga, ressurgida de um filme de Humphrey Bogart, um pouco adiante da entrada o balcão com o seu clássico baleiro. O sr. Thibircio me espera com aquele sorriso preso por traz dos óculos, também aquele paninho branco (pelo menos agora, no fim da noite é uma cor incógnita) por cima do ombro. Thibircio lembra muito o Fera dos X-Men. Devido ao seu tamanho e com certeza o volume de pelos que escapam pela gola e manga da camiseta com a marca do seu bar...
Continua