segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Começa a Guerra Civil



Começa a Guerra Civil. O mais esperado evento da Marvel dos últimos anos teve início aqui no Brasil no mês passado, mas os leitores já vinham percebendo há algum tempo uma estranha sensação de intranquilidade nos quadrinhos.
A ida do melhor roteirista da Marvel (se não dos quadrinhos) atualmente Brian Bendis para os Vingadores demarcou o início de uma nova fase não somente para os maior grupo de heróis mas para todo o universo Marvel. A Queda, como foi intitulada, deu uma nova visão para os poderes dos heróis. Tudo bem, alguém pode dizer que só morreu heroisinho de quinta (de fato é), mas o resultado dessa saga é sem sombra de dúvida a Guerra Civil.
Os demais eventos que seguem, como a Guerra Secreta, Extremis ( aquele arco que uma arma biológica infecta Tony Stark), a fuga da balsa e Dinastia M, somente aprofundam as rusgas que chegam agora a esse evento da Marvel.
Tudo, absolutamente tudo parece estar estranhamente relacionado. Desde a loucura de Vanda passando pela queda de Nick Fury e a fuga misteriosa ocorrido na Balsa, chegando a infecção de Tony Stark. A naturalidade com que antes os poderes dos heróis podiam ser vistos como algo benéfico para a humanidade, agora parecem estar relacionadas a destruição que estes mesmos podres podem causar. Algo está por trás de tudo isso, não parece natural, esses eventos estão muito bem relacionados para ser uma mera cascatas de eventos.
O fato é que o resultado de tudo isso sem sobra de dúvidas é a luta de dois lados. Um representando os antigos ideais heróicos e outro uma nova forma de atuar. O primeiro remonta uma era onde os feitos heróicos estavam acima de interesses individuais (isso lembra muito robin Hood), o segundo reorganiza isso e leva os heróis a uma nova concepção de heroísmo ligada a interesses de governo. Portanto, vemos hoje uma luta entre o herói clássico, o vigilante mascarado pelo altroismo mítico e o herói dentro de uma concepção realista do mundo contemporâneo. É uma luta, sem sobra de dúvidas, entre concepções de heróis.
Portanto, ao que parece, aguardem muito mais que luta física, mas também moral, ideológica. Levando ao leitor muito mais do que apenas diversão gratuita. Uma concepção de leitura que nos faz pensar, elevar nossos conceitos de concepção de mundo.
Os Quadrinhos mostram mais uma vez que não são apenas desenhos jogados em meio ao vazio de uma tela branca. Dá a sua contribuição para o aprimoramento da leitura. Se isso se comprovar, a Marvel estará de parabéns.
É ler para conferir.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

30 anos sem Elvis - Vida longa ao Rei


Começar a escrever sobre 30 anos sem Elvis é uma tarefa nada fácil. Posso relembrar aos fãs a importância que ele teve para o rock ou para o mundo, etc, etc, etc. Ficaria aqui horas a fio para exaltar o Rei do Rock. Para mim Elvis teve uma importância singular.
Aos três anos de idade (pouca idade para muita memória) ou até um pouco antes que isso (pois se sabe que neste período a idade faz pouco em relação a memória) conheci a música e os filmes de um cara topetudo de uma voz retumbante. Era Elvis. Me acostumei a ver na televisão ou rádio um mito em ascendência (eu achava que era). Este costume tornou-se reverência. Descobri a televisão. Descobri a música. Descobri Elvis Aaron Presley.
Essa mesma descoberta do mundo para uma criança veio junto com uma notícia: Morre Elvis Preley. Lembro como se fosse hoje (se bem que foi a trinta antos). Me recordo de absolutamente tudo. Da notícia ao enterro, das músicas durante a trasmição, logo depois dos filmes de homenagem ao rei. Chorei, sim, chorei, pois talvez de forma inconsciente tinham tirado de mim aquela descoberta do rock. É claro que não tinha a menor noção do que estava acontecendo tanto que quando passaram o filme em sua homenagem por ver o rei na tela achava que não tinha morrido, pois ele estava ali na tv (mal sabia sobre gravações).
Descobri enfim o rock, que iria me acompanhar até os dias de hoje, anos depois um cara de uma banda famosa era assassinado em Nova York