sexta-feira, 30 de maio de 2008

Homem de Ferro - 100% Marvel

Sim, alguém pode até dizer que essa pastagem está atrasada e que depois de Indiana, o Homem de Ferro passou para as estatísticas. Mas era preciso apurar, observar mais profundamente o lançamento de um filme como esse, na situação posta e tudo o que mais está envolvido o filme do Homem de Ferro.
Lançado no Brasil logo após a estarrecedora obra Guerra Civil ( mini-série da Marvel) onde coloca o enlatado como o grande vilão dos ideais heróicos, responsável indiretamente pela morte do Capitão América, para os fãs das Histórias em Quadrinho ver um filme como esse alcançar os níveis de bilheteria parece surpreendente, mas não é. O lançamento mostra a disposição que a Marvel tem para se tornar uma verdadeira potência nos cinemas.
Primeiro busca nos quadrinhos a fidelidade para com o personagem, nada foge ao tom do herói de ferro. Os personagens e suas relações com Tony Stark estão lá: James Rhodes, amigo de Tony e supostamente no próximo filme venha a ser Máquina de Ferro; Pepper Pots, secretária e suposta relação amorosa, e tantos outros que fazem parte do universo de Stark.
Para atualizar a história do heróis foi utilizado o conflito atual entre os EUA e o Iraque (diferente do original onde os inimigos eram vietcongues). Seus inimigos são de origem árabe e não mais os homens de olhos puxados. Isso foi importante para trazer aos tempos modernos a história. Foram utilizados espaços geográficos tipicamente daquela região do Afeganistão, Iraque, enfim modernizando o personagem já com algum tempo de bagagem.
As armaduras são fiéis ao original das HQ e são o ponto alto do filme. Mas está em Robert Downey Jr o principal foco. Não poderia ter sido outro ator a interpretar o papel. Depois de lograr a fama em Chaplin, Jr simplesmente entrou em uma depressão profunda e e se entregou ao álcool. Alguém lembra de algum personagem dos quadrinhos que passou por isso? Sim, senhores o próprio Tony Stark sucumbiu ao alcoolismo tornando-se um bêbado, ao passo para a derrocada final. E sim, tanto Tony como Downey deram a volta por cima em momentos similares. Será que ainda veremos essa fase nos próximos filmes do Vingador Dourado? Seria uma ideia interessante.
A Marvel mostra com esse filme que está sedimentado o seu ambicioso projeto: Tornar-se definitivamente uma empresa voltada para a arte sequencial - HQ e Cinema. Para tanto não mede esforços para que isso ocorra, seu grande projeto Os Vingadores pode vir a se tornar realidade logo a seguir, enquanto isso nós vamos apreciando a tranformação de heróis estáticos no papel figuras mitológicas no imaginário popular. Bom para a Marvel que segue buscando muita referência nos quadrinhos para executar seu projeto, ruim para a sua Distinta Concorrência, que continua a criar no cinema um universo paralelo a sua origem de papel.
O fato é que a Marvel vem mostrando qual o caminho para o sucesso de público em empreitadas as vezes arriscadas, aliar o que já existe, ou seja, as Histórias em Quadinhos com o cinema.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Que indiada, que nada. É Indiana, mesmo.


E o martírio para assistir "O" filme de Indiana Jones.




Chegamos às 17:30h (por aí). Encarando uma fila descomunal para comprar ingresso. Fico sabendo só depois que a próxima sessão seria somente às 21:30h. Saio da fila da compra perto dás 18:00h. Até aí tudo bem, mas já começo a achar um programa atípico para mim. Vou dar umas voltas. Entro e me abanco na Cultura (livraria) o que não é nenhum sacrifício e fico por alí esperando que pelas 20:50 possa ir para a fila do filme. Pelas 19:50h saio da livraria para pegar um "afresco". Olho para o cinema e o susto: já tem uma fila considerável. Solução? Ir para a fila uma hora e meia ates do filme, é como se fossemos ficar praticamente o tempo do filme em um fila (uma coisa impensável para mim). Começo a achar que é um programa de índio. Acompanhado de um amigo cinéfilo de plantão. Calibramos nas pipocas e refris e alí mesmo começamos as prévias para ver na estreia o 4º filme de Indiana Jones. Refris para lá e pipocas a cair, a fila torna-se em determinados momentos divertidos. O pessoal de chapéu e chicote, a mulher gostosa que passa se esnobando toda, ou aqueles fatos pitoresca do cotidiano que todo cinema (principalmente em estréia tem).


Quando nos demos conta não estávamos em um programa de índio, e sim num do Indiana. Sim, estávamos na estreia de um dos filmes mais esperados do ano. E não é qualquer filme é simplesmente o resultado magestroso de duas cabeças chamadas Steven Spielberg e George Lucas. Disso saiu uma quarta sequência extremamente fiel aos outros três.

Passado no ano de 1957, a história tem como pano de fundo um tesouro arqueológico de outro mundo (literalmente). Os inimigos tradicionais (nazistas) dão lugar agora aos russo devido a guerra fria, para melhor ambientalizar esse conflito nada melhor que um embate envolvendo extraterrestres, até a famosa área 51 está nesse filme. Vale também lembrar as constantes citações do primeiro filme (lembra da arca? ela está lá no 4 filme).

Quem sentiu falta de Indiana Jones nos últimos 19 anos, pode matar a saudade nessa quarta sequência. Tudo estava lá, todos os elementos que sempre nos remetem a um dos maiores filmes de aventura de todos os tempos. Vale a pena, filas, demoras, lotação, pois depois que você está lá dentro no escuro do cinema e a musa começa a subir, nada do que existia antes de entrar importa. É você e o Jones em um programa do Indiana.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Amor é Lindo II

Retirado das memórias insólitas da infância de Leofôncio Cubas.
Quando pequeno onde morava tinha um casal que para nós, gurizada, eram por demais estranho. Era a donha Cidinha e o seu Nereu. É que dona Cidinha tinha aproximadamente uns 2 metros (é claro que para nós isso representava bem mais) enquanto que o seu Nereu tinha uns 1 metro e meio, por aí. Nós sempre olhávamos para eles de forma estranha. Eles no princípio até se chateavam conosco mas com o passar do tempo, se acostumaram a notar os olhares alheios, principalmente de uma gurizada que gostava de arte.
Dona Cidinha, dizia o Guto, era tão alta, mas tão alta que era arcada pela gravidade. Magra do geito que era não tinha como ser reta. O Tiano dizia que era de tanto tentar beijar o seu nereu ficou assim. Já eu achava que ela era um ponto de interrogação e ele um ponto final. Sim, pois o seu nereu era baixinho e gordo, então para achar perfeição naquele casal nós nos acostumamos a chamar de ponto de interrogação e final.
Tirávamos dalí algumas considerações muito interessantes. Uma parte da turma achava que quem mandava alí era a dona Cidinha, pois era maior que ele e parecia mais esguia. Um outro grupo, e eu me incluía nesse, afirmava que quem mandava era o seu Nereu. O nosso argumento era mais contundente: Se a dona Cidinha era o ponto de interrogação, logo perguntava, e o seu Nereu sendo um ponto final ele apenas respondia com uma afirmação e finalização.
Dona Cidinha, diziam alguns sofria dos pulmões. Também pudera, o ar lá em cima devia ser rarefeito e era difícil respirar nessas situações, dizia o Bano. Já o seu Nereu sofria do coração. A minha mãe explicava que era problema de circulação. Eu na minha grande sabedoria já tascava: - O seu Nereu tem problemas de circulação devido ao seu peso. Já imaginou como ele conseguia circular com aquele peso todo por aí?
De qualquer forma era um casal feliz. Não tinha um dia que nós não víamos um afago, um carinho, um beijo carinhoso que ambos se esforçavam para dar (devido ao tipo físico). Mas todo o esforço era recompensado.
Um dia houve uma comoção geral na rua. Toda a vizinhança se alvoroçou. Dona Cidinha batera fortemente com a cabeça na viga de uma porta, e segundo dizem devido aquilo ela veio a falecer tempos depois. Seu Nereu murchou, aquele ponto final emagrecera. Fechou-se dentro de casa e nunca mais vimos ele. Dizem que até hoje ele vive lá na esperança de que a vida e não ele dê por acabado um ponto final, enfim.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Batem a porta

Uma observação da CPI do Detran
Toc, toc, toc. Batem a porta de uma palácio de enorme expressão alí logo a frente da praça da Matriz. Do lado de dentro não se ouve nada, nem um sussurro. Parece estarem dormindo ou não estão (o Rio Grande é enorme, sabe como é). Do lado de fora urram raivosos do parlamento. Querem expor a rainha em paça pública. Do seu lado inconsistentes defensores acusam o o inimigo de levar o cachorrinho para tomar banho e ganhar uma nova tosa. Fracos, os guardas do palácio não conseguem evitar que as forças inimigas avancem até as portas da Senhora. Mas na última hora os aliados da guarda palaciana chegam e restabelecem a ordem.
Finalmente ontem mostrou-se o pq da existência da CPI - Derrubar a Governadora. Para tanto, o depoimento de Bassi seguia por uma linha de que ela sabia da suposta fraude do Detran, contando com isso os deputados da oposição não conseguiram disfarçar a ansiedade de chegar as portas do governo.
Extremamentes competentes em acusar (visto que são anos de labuta) os deputados do PT não pouparam palavras para acusar a governadora de ser conivente com o que vinha ocorrendo. Só não usaram a famigerada palavra, aquela, lembra? Impeachment, e foi o deputado Troca (PSDB) que a pronunciou quando disse em alto e bom som que a finalidade dessa CPI é chegar ao governo. A base de oposição rejeitou, alguns chegaram a dizer que nunca pronunciaram isso alí no plenarinho. E aqui está um ato falho, nunca pronunciaram, mas que pensaram, pensaram.
Tanto que parecia um jogo ensaiado, um levantava o outro cortava e a situação tentava desesperadamente (e bota desesperado nisso) defender o que parecia indefensável. Conseguiram com dois reforços que chegaram a tempo de salvar os incapazes defensores do Governo.
O que ficou claro no depoimento do dep. Enio Bassi foi simplesmente além do que já sabia-se pela imprensa, foi a falta de consistência no que dizia. Sim, pois alguém poderia muito bem chegar alí e dizer que não era bem isso e ficaria elas por elas. Foi o que fez o Vice - Governador ao dizer que não teria nada a acrescentar a CPI.
Tudo bem que a CPI do Detran acaba de se suicidar, mas aqui vai umas palavrinhas que não custam lembrar: Nem sempre os aliados do palácio vão estar prontos para intervir. Se a guarda palaciana não se preparar para assuntos tão sérios quanto esses, não sei onde o governo irá parar.