Como não existe espaço para ficar duas publicações lado a lado no blog, apartir de agora vai acontecer entre os anjos caídos os "INTERVALOS". São textos que tratam das mais diveras áreas. Hoje é sobre as eleições americanas e o fenômeno Obama.
SIM, ELES PODEM!
As eleições americanas foram um espetáculo bem ao estilo hollywoodiano. O mal o bem, o herói, o bandido que se redime no final, a reconquista do sonho perdido: Democracia e Liberdade. O mundo ficou acordado até altas horas da madrugada para ver no final o moçinho vencer e vê-lo presidente eleito da maior potência do mundo. E nós ficamos alí observando cada desdobramento dessa história.
E ficou claro, eles podem!
Não são a maior potência a toa, não construiram o que construíram para vir a família bush e botar tudo à terra arrasada. Não, eles não iam deixar assim.
Tinha passado por uma eleição vergonhosa na primeira do Bush filho, onde milhares de pessoas não tiveram seu direito de votar válido, principalmente negros. E pela bagatela de 500 votos a mais, na mão grande o premio nobel da paz deu adeus a política e foi cuidar da natureza. O país da democracia deixava claro que o seu sistema "democrático" era ineficiente e falho. As bases começaram a ruir.
Houve o 11 de setembro. O mundo viu de boca aberta a maior potência mundial ser atingida no seu coração (o bolso). Cá entre nós, ninguém ainda explicou direito aquilo, os cospiradores de plantão dizem que foi o próprio governo que armou tudo para justificar o ataque ao "oriente petrolífero médio". Mas tudo bem.
Ok. Invadiram o Afeganistão atrás do Obama, digo Osama, depois com a justificativa de estarem fazendo arsenal nuclear, e sem o consentimento da ONU (para que mesmo?) invadiram o Iraque, não acharam lhufas, mas continuam lá procurando (é o que as más línguas dizem).
Como se não bastasse as guerras, os EUA se negam a assinar os acordos que se referam ao meio ambiente, a emissão de gases tóxicos. Mas não tem problema eles só são responsáveis por 25% da emissão de gases na atmosfera, tá tudo bem.
Desacreditados, ameaçados, arruinados moralmente, abrindo falência, os EUA entraram nas eleições com um único propósito: revogar toda essa imagem que a grande potência criou no imaginário mundial. De um lado o braquelo rambo do Vietnã do outro o negro intelectual de Harvard. Em um país que não esconde o racismo, aí estava a prova de escancarar de vez o que todos sabíamos sobre o histórico dos negros na América. Mas contrariando todos os pessimistas de plantão, Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos da América.
As eleições vieram a provar que sim, eles podem! Levaram milhões às urnas, e em uma eleição histórica não só mudaram a cor do presidente dos EUA, mas mostraram que em uma eleição eles podem mudar tudo o que pensam deles. Agora existe um país onde o sistema eleitoral é o mais democrático do mundo, pois é representativo e fez com que milhões fossem às urnas exigir mudanças. Que antes da guerra existe o diálogo, franco e aberto (até o Hugo Chaves se rendeu a a Obamamania). Que sim, deve ser revisto os acordos de emissão de gases na atmosfera e que é preciso rever a guerra do Iraque assim como do Afeganistão.
Em uma única eleição, um país abatido pelo medo viu em Obama a representação maior da mudança. Negro, de origem mulçumana, Barack foi a representação dos EUA para o mundo de que sim, eles podem mudar e mudar a opinião de quem quer que seja sobre os USA. Os americanos, e eu digo todos, provaram nessas eleições porque são a maior potência desse planeta, pois acima de tudo eles querem e podem!