quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

De Cidadão Kane a Hearst e Menino Amarelo

Todos nós temos uma lista (por mais que alguns neguem) dos maiores filmes não vistos. É aquela lista que você teima em acabar com ela, mas as vezes parece interminável.
Na minha lista encontrava-se um filme que sempre vi e li associado a imprensa e também a comics. Por um longo tempo Cidadão Kane viha e saía de meus planos, mas ele estava lá, latente (na verdade boa parte das listas dos "Grandes Nãos" são latentes). Mas ao ler o livro "Roteiro de Cinema e Televisão: A arte e a técnica de Imaginar, Prceber e Nrrar uma Estória" de Flavio de Campos, mais uma vez Cidadão Kane cruzou em meu caminho e decidi assisti-lo. Minha lista acabava de perder mais um dos grnades não vistos.
Ao mesmo tempo que entrava em minha vida a obra máxima de Orson Welles retornava também o texto do livro "Shazam!" de Álvaro de Moya que se chamava "O amarelo na bandeira americana.
Cidadão Kane mostra a grandiosa e decadente história do Kubla Khan dos Estados Unidos, Charles Foster Kane. Dono de uma da maiores fortunas do mundo, o narrador conta a história de um repórter que tenta descobrir o singnificado da palavra Rosebud, as últimas palavras do cidadão Kane. Em forma de flashback a narração começa da morte de Charles, voltando ao início de sua vida, passando pela infância, a assenção chegando ao isolamento, a queda.
O filme por si só é belo. Bem Contruído, pontos de câmeras bem montado, fotografia praticamente impecável, um roteiro apurado e a direção de Orson Welles é invejável. Não é a toa que é considerado por muitos um dos três, se não dois melhores filmes de todos os tempos.
Mas não para vencer "Oscares" suficientes para coroar essa obra, ganhou 1 de melhor roteiro original. É que Welles enfrentou ninguém mais, ninguém menos que o homem que inspirou Orson a fazer Cidadão Kane, Randolph Hearst. Este não gostando do modo como foi exposto, protagonizou uma das maiores batalhas já vistas na mídia, resultado: Orson Welles nunca mais conseguiu fazer nada a altura de Cidadão Kane e Hearst tornou-se o que Welles tinha previsto em seu brilante filme, um homem isolado e ignorado pelo mundo, lembrado agora apenas pelo filme que quis destruir.
Randolph Hearst (o cidadão Kane) e Pulitzer contracenaram ( na vida real) outra batalha, mas agora no campo da imprensa. Desse embate sugiu o que chamam de Boom da imprensa americana. No final do século XIX e início do século XX Hearst e Pulitzer degladiaram-se por maio venda de jornais. Os dois popularizaram a imprensa escrita, mas Hearst foi muito mais além, se a notícia não acontecia ele fazia acontecer, resa a lenda que foi ele quem começou a guerra contra a Espanha em 1898. Surge a imprensa sensacionalista.
Mas os jornais precisavam vender mais, alcançara um público cada vez mais popular. Os jornais durante a semana vendia bem e cresciam vertinosamente, mas aos domingos era um fracasso. Também, quem sairia domingo para ir até uma banca se o hábito era de, ao caminho do trabalho, comprar um jornal? Surgem então os suplementos dominicais coloridos e em 1895 nasceno New York World o primeiro personagem periódico em quadrinhos dos Estados Unidos: O Menino Amarelo.
Nesse momento histórico "nasciam duas coisas importantes: os comics como concebemos hoje, com personagens periódicos e seriados; e o termo "jornalismo amarelo" para designar imprensa sensasionalista, em busca do sucesso fácil com o grande público". Está certo que quando chegou no Brasil o camisolão amarelo do menino desbotou e ficou marrom, mas é amarelo, está lá no filme Cidadão Kane quando o narrador dá notícia do óbito: "... and the Great Yellow journalist himself live to be history...".
O Menino Amarelo também iria motivar um dos primeiros processos autoriais da imprensa quando o personagem se transferiu do World de Pulitzer para o New Journal de Hearst (o próprio Kane), o que eu chamaria de espólio de grerra.
Começando com Orson Welles na batalha por seu filme, da luta de Hearst contra Pulitzer e chegando ao Menino Amarelo é fácil imaginar porque Cidadão Kane é um dos maiores filmes de todos os tempos, pois não retrataa história apenas de um magnata da imprensa, ele conta a história do surgimento do jornal como conhecemos hojee para os fãs de Histórias em Quadrinhos, os comics por meio do Menino Amarelo.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

O Retorno a Peleja. Sigam-me os bons


Como merda pouco é bobagem quando eu pisei em uma bosta (não em um bosta) ontem já estava achando que era dinheiro. Digamos que saí no débito entre os prós e contras no ano de 2007. Sim, senhores e senhoritas saí liso, leso e solto. Agora que as luzes se acenderam novamente posso ver que ainda não me roubaram a minha coleção dos X-Men ( o que nessas alturas do campeonato seria uma perda ínfima perto da tempestade que se abateu nesse corpinho aqui(modo carinhoso) .

De tudo alguns aprendizados: consigo ficar sozinho e descobri que depois de muito pensar em drogas(em divagações solitárias) começa uma outra parte que é a produção intelectual (essa de grande valia para a minha sanidade); também acabei descobrindo que não tenho tendência a depressão (ou seja quando eu tô de cara, é pq eu realmente quero bater em alguém ou simplemente cuspir na cara, não estou depressivo ou tristinho); e sim, caros amigos, aqueles caras que você acha que são malas por te incomodar para você dar certo na vida são sim teus amigos e tua família, pois os demais que por qualquer porraloquice te deixaram na mão ou simplesmente tiveram pití nunca deveriam ter merecido sequer uma leve atenção sua (quanto mais em algumas situações amar).

Sim caro leitor, é nesses momentos que depois que a bosta se espalha você descobre coisas fantásticas em mundo não tão engraçado assim. E que no sol a merda seca e vai embora, e fica você.

Portanto parti do princípio que devo me importar comigo mesmo em primeira lugar para depois começar a pensar nos outros. Em Porto Alegre redescobri coisas que nunca deveriam ter saído de minha rotina, coisas como Cidade Baixa, Goeth, sarau elétrico, livraria cultura, cinemark, casa de cultura Mario Quintana, Mercado Público, ou seja, voltei a minha boemia linda e translúcida onde desfilam saberes e conhecimentos básicos para o nosso mundo.
Desculpem aqueles que ficaram para tráz, pois o olhar é para frente, se ficou no meio do meu furacão nunca poderia ter entrado nele comigo, pois não poderia e nunca poderão saberão quão fortes e resistentes ficamos a grandes tempestades e intempéries da vida. Aos que ficaram no caminho até, aos demais sigamos adiante e muito obrigado.