terça-feira, 20 de abril de 2010

Divagações


Em que mundo vivemos? Qual o valor das relações? Quanto vale as relações compartilhadas entre as pessoas? Tem peso? Há muito, perguntas como essas tem circulado em minha cabeça. Vivemos em um mundo onde o desgaste das relações chegaram a uma complexidade tal que viver tornou-se um amargo pesar. Pena, penso que isso tenha ocorrido. Ao invés de vivermos, ficamos pensando no que vai dar errado, sem saber se vai dar ou não.
Fizemos projeções malucas e baseada em suposição, variável (sim, no singular, uma suposição e uma variável). Não entendem que a vida não pode ser levada tão a sério, devemos tê-la em nossas mãos, mas nunca sufocá-la. Deixe acontecer. Sinta a brisa do ar e perceba que a vida é simples, tudo é simples. Tudo, absolutamente tudo está nas pequenas coisas, no convívio, no relacionar-se, no estar com alguém ou não querer estar.
Os milagres não são coisas magnânimas onde grandiosas ações acontecem. O nascimento de uma criança, o fazer sorrir de um velho solitário, o amar uma pessoa, são os exemplos mais claros de milagres que acontecem todos os dias.
Mas nós não percebemos mais isso. O que importa é a não vida, a não relação, a complexidade, a morte do ser de fato humano. Ao nosso redor o mundo se transforma, e nós vamos morrendo em vida a cada dia, a cada instante.

Quando vejo a humanidade, vejo com olhos de pena