Outro exercício. Queria saber como está meu fluxo de pensamento e organizá-lo no texto. Portanto, pensei em algo relativo a observação do cotidiano com a idéia de fragmentos.
Vivemos no mundo dos fragmentos. Tudo, absolutamente tudo vemos e trabalhamos de forma fragmentada. O pai não vê mais a família, mas os fragmentos que as compõem disassociados: esposa, filhos, sogras e apêndices. O aluno não vê mais o conhecimento que o invade mente a dentro, mas sim os cálculos, as letras, a música, enfim, tudo aquilo que de forma fragmentada não comportam em sua vida é desfragmentado.
Por ser sua vida em pequenos pedaços, em pequenos espaços temporais devem comportar todas as ações. O amor deve ser rápido. Aqueles de filme, é um olhar, um beijo e viverão felizes para sempre (enquanto o fragmento durar).
O conceito de fragmento, se fossemos estudar as cabeças dos seres humanos dessa terra, certamente encontraríamos lá páginas de Internet, tudo fragmentado em janelas virtuais. Cada livro lido é uma verdade absoluta (sim, senhor, estamos de volta às verdades absolutas), para ser logo em seguida desfragmentado e fragmentizado em outro livro e em outra realidade absoluta.
Por falar em absoluta, vivemos no absolutismo do fragmento. Nele temos tudo que de imediato nos satisfaz. Para que construir, se de uma parte se é de partes que se junta o todo? Porém, esse todo não está sendo percebido e de partes em partes vamos desmontando os nossos eu's, aquilo que faz perceber o quão profundamente enraizado estamos com o todo. Ele está aqui, ali, lá, faz parte da construção do homem. Fragmentados não percebemos qual parte que nos cabe nesse grão de terra.
Fragmentos soltos, desconexos, desapercebidos, desfragmentados.